sábado, 31 de julho de 2010

O feitiozinho de Luis Buñuel (III)

"Todos os domingos, Chaplin costumava convidar o nosso pequeno grupo de "refugiados" espanhois para jantar. Na realidade, eu ia frequentemente a sua casa jogar ténis, nadar ou usar a sauna. De vez em quando, o Eisenstein aparecia por lá: na altura, ele estava a preparar-se para ir para o México filmar Que Viva Mexico!. Eu lembro-me de tremer durante o Potemkin, mas de ficar indignado com o pretenciosismo de Romance Sentimentale e os seus planos absurdos do piano gigante no campo de trigo e dos cisnes a nadar no lago do estúdio. (Eu costumava passar a pente fino os cafés de Montparnasse à procura do homem para poder dar-lhe umas boas estaladas)."

in My Last Breath - Luís Buñuel (tradução minha)

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