segunda-feira, 1 de agosto de 2016

«Se admitirmos a desaparição do homem no fim da História, se afirmarmos que o 'homem continua vivo enquanto animal', precisando que 'aquilo que desaparece é o homem propriamente dito', não poderemos dizer que 'tudo o mais pode manter-se indefinidamente: a arte, o amor, a brincadeira, etc.' Se o homem volta a ser animal, as suas artes, amores e brincadeiras devem igualmente voltar a ser puramente 'naturais'. Seria assim necessário admitir que, a seguir ao fim da História, os homens construiriam os seus edifícios e obras de arte como as aves constroem os ninhos e as aranhas tecem as teias, executariam concertos musicais à semelhança de rãs e das cigarras, brincariam como brincam os animais jovens e praticariam o amor como os animais adultos.», Alexandre Kojève

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